- Flávio Reis
Há
pouco mais de duas décadas, em 2001, um pequeno livro causava um rebuliço na
historiografia maranhense, A Fundação Francesa de São Luís e Seus Mitos,
da professora Maria de Lourdes Lauande Lacroix. Nos anos seguintes, um intenso
debate tomou corpo através dos jornais, principalmente no Caderno Alternativo,
de O Estado do Maranhão. Livro provocante, de escrita enxuta e direta, trazia
uma percepção diferente para uma questão que, de maneira descontínua, perpassou
a memória da cidade no século XX: a fundação francesa de São Luís. O debate se
arrastou por quase uma década e se ouviu todo tipo de simplismo e sandice para
afirmar aquilo que a professora chamou de mito fundador.
Aquele era ainda um tempo em que os debates se faziam pelos jornais. Hoje, com o desenvolvimento da internet e das redes sociais, tudo se modificou muito e os grupos de aplicativos de mensagens são uma forma nova de circulação de ideias e debates. São grupos privados, mas seus integrantes muitas vezes esquecem que não estão numa antiga sala de estar, onde se falava mal dos outros, distorcia a realidade e dava vazão a seus delírios de grandeza pessoal em recintos fechados, o que não impedia os fuxicos e eventuais desavenças. Hoje, nos novos espaços virtuais, as declarações e mensagens ficam gravadas e circulam para além do grupo. É neste contexto que novas sandices são propaladas de forma totalmente agressiva e irresponsável, ditas sem nenhuma base histórica.
É
o que ocorreu recentemente num grupo voltado para discussões sobre a cidade de
São Luís, onde o sr. Antonio Norberto, que deve se considerar um pesquisador e
grande estudioso em defesa das tradições e glória da Atenas Brasileira, saiu
com essa pérola do desvario e da torpeza, que transcrevo:
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