Livro vivo, vivíssimo, bem vivo e bem-vindo. Livro livre e findo,
porque só a vida enfrenta a morte. A vida tem fim e o último passo está no
compasso de nossa origem. O rufar do Cálice
de Kafka nos chega antes da última lufada. Paulo José Cunha, poeta desta
grande família piauiense donde veio o mestre Torquato Neto, vai, ao longo deste
seu poema – fragmentado em versos leves e certeiros como aquela velha Senhora
que nos observa fria e sincera – oferecendo um cardápio de beleza poética
curiosa e única.
Todos os trinta e cinco poemas deste Cálice de Kafka são dedicados às aventuras da velha e digníssima Senhora,
cuja chegada é certeza em vida... certezíssima.
Um dia ela virá. Por isso, a morte não deve ser encarada
morbidamente, mas sim como um ser concreto e cíclico. Pois a finitude é sina,
não é opção. Dela não se escapa, a não ser encarando-a com serenidade e firmeza.
A saída é a própria saída. Como diria Torquato:
- Um brinde à vida, enquanto a morte está parida!
Tim-tim!
Luís Turiba
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